CAIXA DO MÊS | ABRIL 2023

A caixa do mês vem com duas publicações inéditas: Resumo de O capital, de Friedrich Engels + Margem Esquerda #40

Autor: Friedrich Engels

Tradução: Nélio Schneider

Apresentação: Lincoln Secco 

Orelha: Janaína de Faria

Capa: Antonio Kehl, sobre ilustração de Cassio Loredano

Coleção: Marx-Engels

Resumo de O Capital

Após mais de 150 anos de sua publicação, O capital, obra-prima de Karl Marx, continua suscitando debates acalorados na sociedade contemporânea. Friedrich Engels, o principal parceiro intelectual de Marx, buscou durante muitos anos de sua vida divulgá-la e publicá-la em outras línguas, além de ter sido o principal editor e organizador dos livros 2 e 3.

 

Em Resumo de O capital, 32º volume da Coleção Marx-Engels, o leitor terá em mãos um guia que servirá para investigar a leitura de Engels da obra de Marx: quais suas ênfases e omissões? O que representa para ele o cerne do argumento do livro? A obra traz um conjunto de resenhas feitas por Engels logo após o lançamento do primeiro volume de O capital, além de um manuscrito que o resume, uma espécie de guia para entender a obra, publicado pela primeira vez em português.  

 

Os textos reunidos em Resumo de O capital nos revelam os conceitos que Engels considerou mais importantes: “A presente edição da Boitempo resgata aqueles artigos dispersos e sua publicação conjunta permite pela primeira vez à leitora e ao leitor sistematizar as estratégias editoriais de Engels, além de ter uma visão dos limites que a imprensa impunha e impõe à forma da escrita, à radicalidade das opiniões e ao aprofundamento das ideias. E mais ainda, este livro contribui para debater a polêmica sobre como Engels teria constituído o marxismo como um sistema teórico assimilável pelo movimento operário da época”, diz o historiador Lincoln Secco no prefácio. 

“Ora, por mais que os poucos parlamentares social-democratas estejam divididos entre si e por mais que possam ainda vir a se dividir, deve-se assumir como certo que todas as frações desse partido saudarão esse livro como sua bíblia teórica, como a sala de armas da qual tiram seus argumentos mais fundamentais. Somente por essa razão já merece atenção especial. Mas também tem condições de chamar a atenção pelo seu conteúdo. Enquanto a argumentação principal de Lassalle – e, na economia política, Lassalle não passou de um discípulo de Marx – se limitou a repetir a assim chamada lei de Ricardo sobre o salário do trabalho, temos aqui diante de nós uma obra que trata com erudição inegavelmente rara toda a relação entre capital e trabalho em sua conexão com toda a ciência econômica, uma obra cuja finalidade última é “desvelar a lei econômica do movimento da sociedade moderna e, ao fazer isso, chega, ao fim de investigações conduzidas de modo evidentemente transparente e com óbvio conhecimento de causa, ao resultado de que todo o ‘modo de produção capitalista’ deve ser abolido.”
Friedrich Engels

Friedrich Engels nasceu em 28 de novembro de 1820, em Barmen, na atual Alemanha. Filho de um industrial do ramo têxtil, deixou os estudos para trabalhar na fábrica da família em Manchester, na Inglaterra, experiência fundamental para sua trajetória política e intelectual. Conhecedor do capitalismo por dentro, Engels tornou-se um crítico da divisão de classes, da religião e da família. Revolucionário e teórico do socialismo, entre suas obras estão: A situação da classe trabalhadora na InglaterraA origem da família, da propriedade privada e do EstadoAnti-Dühring e Dialética da natureza. Na década de 1840, Engels conheceu o amigo e parceiro intelectual Karl Marx, com quem fundou o marxismo e escreveu o Manifesto comunista, um dos textos políticos mais influentes da humanidade, A ideologia alemãA sagrada família e tantos outros. Morreu em 1895 em razão de um câncer. Resumo de O Capital é o 32º livro da coleção Marx-Engels.

Na TV BoitempoJorge Grespan apresenta a gênese e estrutura do projeto de crítica da economia política de Marx, discute a lógica da articulação entre os três livros de O Capital, e fala sobre a importância das edições da MEGA.

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Autores: Vários

Apresentação: Artur Renzo

Formato: 16 x 23 cm

Margem Esquerda #40

Além de Resumo de O capital, a caixa de abril do Armas da crítica traz também o 40º  número da revista da Boitempo


“A matéria nacional é nossa tarefa histórica.” Assim insiste nosso maior crítico literário marxista na entrevista que abre esta edição da Margem esquerda. Aos 84 anos, Roberto Schwarz é categórico: mesmo em um cenário de aguda desagregação social como o nosso – sepultados o desenvolvimentismo ingênuo e os sonhos de socialismo em um só país – a formação do Brasil segue sendo nosso problema fundamental, quase como uma “herança maldita”. Em conversa com Fabio Mascaro Querido, ele discute os rumos da tradição crítica brasileira na atualidade, e fala sobre aspectos pouco conhecidos de sua trajetória. O dossiê de capa aprofunda o mergulho nas contradições da “matéria brasileira” (para usar a expressão consagrada pelo crítico), em um conjunto de ensaios das novas gerações da teoria crítica. Reunido por Tiago Ferro, o quarteto investiga, retrabalha e testa alguns dos insights da obra schwarziana em confronto com a atualidade política do país.


Christian Dunker abre a seção de artigos fazendo uma sintomatologia do Brasil pós-eleições, e esquadrinha os desafios e armadilhas da tarefa de “desbolsonarizar” o país. Na sequência, as afinidades eletivas entre a crítica weberiana à burocracia capitalista moderna e a crítica anarquista são objeto de ensaio de fôlego de Eleni Varikas e Michael Löwy. Fechando a sessão, Fabio Luiz Barbosa dos Santos mede a temperatura política da América Central em um ensaio sobre os paradoxos da dominação imperial em um regime de crise estrutural do capital.


A discussão sobre o país ganha corpo, gênero e raça em um segundo dossiê da revista, este sobre conservadorismo neoliberal no Brasil de Bolsonaro. Coordenada por Maria Lygia Quartim de Moraes e Maria Lucia Barroco, a seção faz um balanço das políticas públicas dos quatro últimos anos de desgoverno e procura diagnosticar as origens, desdobramentos e fissuras do neoconservadorismo brasileiro em três estudos feministas. Assinado pelo artista plástico baiano Juraci Dórea, com curadoria e comentário de Francisco Klinger Carvalho, o ensaio visual que atravessa as páginas da edição acrescenta outra camada à reflexão sobre os impasses da brasilidade.


Lamentavelmente, o último semestre trouxe grandes perdas para o pensamento crítico mundial. Nesta edição, prestamos nossa homenagem a Jean-Luc Godard através das palavras cortantes do cineasta e psicanalista Tales Ab’Sáber João Sette Whitaker Ferreira escreve sobre a unidade entre trabalho intelectual e militância política na vida e obra de Mike Davis; e Ricardo Antunes faz um relato comovente sobre o legado humano e teórico do economista François Chesnais. Por fim, Flávio Wolf de Aguiar presta seu tributo ao ensaísta e poeta Hans Magnus Enzensberger, que também nos deixou em 2022, ao traduzir e comentar alguns de seus versos para a seção poesia.


A nova edição dos escritos de Marx e Engels sobre a Guerra Civil nos Estados Unidos são objeto de resenha de Lindberg Campos. Os livros mais recentes de dois dos mais importantes marxistas brasileiros da atualidade, Ricardo Antunes e Alysson Leandro Mascaro, são comentados por Murillo van der Laan e Marcos Bloise, respectivamente. Por fim, Leonardo Foletto registra a importância da publicação do primeiro livro de McKenzie Wark no Brasil.

SUMÁRIO DA EDIÇÃO

 Apresentação, por Artur Renzo

 

ENTREVISTA

Roberto Schwarz, por Fabio Mascaro Querido

 

DOSSIÊ: A atualidade de Roberto Schwarz

Apresentação: A faca da inteligência, por Tiago Ferro

 Posfácios à modernização, por Pedro Rocha de Oliveira

 Macunaíma estuda o dinheiro, por Ana Paula Pacheco

 O nada na acepção brasileira do termo: Roberto Schwarz e o chão social do niilismo, por Felipe
Catalani

 Junho, o direito à fala, por Victor Santos Vigneron

 

ARTIGOS

O sonho que ainda não começou: o bolsonarismo como sombra regressiva do lulismo, por Christian
Dunker

 Max Weber e o anarquismo, por Michael Löwy e Eleni Varikas

 Paradoxos do império sob o prisma da América Central, por Fabio Luis Barbosa dos Santos

 

ESPECIAL: Conservadorismo neoliberal no Brasil de Bolsonaro

Apresentação, por Maria Lygia Quartim de Moraes e Maria Lucia Barroco

 Políticas sociais e conservadorismo no Brasil, por Elaine Rossetti Behring

 Retrocessos de gênero e neoliberalismo: uma tempestade perfeita, por Maíra Kubík Mano e Stephanie Ferreira dos Santos Nascimento

 Legalização do aborto: mais que uma pauta moral, por Josefina Mastropaolo e Danielle Tega

 

HOMENAGENS

Qual Godard?, por Tales Ab’Sáber

 Mike Davis, pensador militante, por João Sette Whitaker Ferreira

 François Chesnais, o marxista francês que olhava o mundo, por Ricardo Antunes

 

RESENHAS

 Guerra e revolução, por Lindberg Campos

 Capitalismo pandêmico e o imperative de inventor outro modo de vida, por Murillo van der Laan

 

NOTAS DE LEITURA

 O capital está morto: e se agora for algo pior, de McKenzie Wark, por Leonardo Foletto

 Crítica do fascismo, de Alysson Leandro Mascaro, por Marcos Bloise Moura Santos

 

POESIA

 Descobridores, de Hans Magnus Enzensberger

 Enzensberger, um poeta da aporia burguesa, por Flávio Wolf de Aguiar

 

SOBRE AS IMAGENS

 Cenas brasileiras e o sertão de Juraci Dórea, por Francisco Klinger Carvalho

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